quarta-feira, 23 de abril de 2014

O que é NIRE e para que serve.


O que é NIRE:

NIRE é a sigla de Número de Identificação do Registro de Empresas. O NIRE é o registro de legalidade da empresa na Junta Comercial do Estado. É um número único que comprova que a empresa existe oficialmente.

Para exercer atividade no Brasil, todas as empresas devem ter registro na prefeitura, no Estado, na Receita Federal e na Previdência Social.

Cada Estado (UF) possui sua própria Junta Comercial, cujo nome varia de acordo com nome do Estado. Por exemplo: JUCESP (São Paulo), JUCEMG (Minas Gerais), JUCERJA (Rio de Janeiro), etc. Os preços, prazos e condições de abertura da empresa variam entre Estados.

O NIRE é composto por onze dígitos, onde consta a UF (Unidade de Federação), o tipo de empresa e um dígito verificador (o 11º).

Após ter um NIRE, a empresa deve fazer o registro na Receita Federal para contribuição de impostos e registro de atividade, onde vai receber o número de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).

Com o CNPJ, a empresa deve solicitar na prefeitura o alvará de funcionamento – documento que autoriza o funcionamento da empresa.

Em alguns setores de atividade é obrigatório que a empresa possua uma Inscrição Estadual (IE), geralmente obtida na Secretaria Estadual da Fazenda.

É possível fazer consultas públicas com o NIRE nos sites das Juntas Comerciais, para saber se uma determinada empresa está registrada formalmente.

Todas as empresas devem fazer o cadastro na Previdência Social.
 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Inventário



Inventário

Inventário nos negócios
Cada país tem suas próprias regras sobre inventário na contabilidade; este artigo concentra-se na teoria econômica e nas regras financeiras e contábeis do Brasil.
A definição de inventário dentro das empresas, normalmente segue as definições do Conselho Federal de Contabilidade através das Normas Brasileiras de Contabilidade.
No Brasil, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deverão escriturar o Livro Registro de Inventário ao final de cada período: trimestralmente ou anualmente quando houver opção pelos recolhimentos mensais durante o curso do ano-calendário, com base na estimativa. No caso de utilização de balanço com vistas à suspensão ou redução doimposto devido mensalmente, com base em estimativa, a pessoa jurídica que possuir registro permanente de estoques integrado e coordenado com a contabilidade somente estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo confronto da contagem física, ao final do ano-calendário ou no encerramento do período de apuração, nos casos deincorporação, fusão, cisão ou extinção de atividade. (Maciel, 1997).

Exemplos
Enquanto que a contabilidade financeira utiliza normas que permitem ao público externo fazer comparações entre diversas empresas, para a contabilidade de custos a função interna para uma organização possui muito mais flexibilidade adequando-se às necessidades da empresa.
Também tem inventários (móveis, equipamentos, suprimentos,…) que não pretendem vender. O inventário das empresas de manufatura, distribuidores, e vendedores por atacado geralmente encontram-se reunidos em depósitos ou almoxarifados, enquanto que vendedores ao varejo mantém o inventário em um depósito ou em lojas acessíveis ao consumidor. O inventário nas empresas deve ser controlado, pois se não for controlado está sendo encorajado para que seja roubado, pois o inventário é econômico ou o que seria no "economês popular", "um dinheiro disfarçado na forma de um bem ou estoque", além disso se não for controlado, não se saberá o real nível de estoque e impossível de controlá-lo economicamente.
Quanto menos eficaz o sistema de controle interno, mais importante será a execução de inventários físicos na data do Balanço. Empresas que tem bons controles analíticos de estoques podem adotar o sistema de contagens rotativas, isto é, contagens feitas durante o ano, cobrindo maior relevância e com uma freqüência menos os de pequena importância. Tendo-se um sistema de contagem rotativa bem aprimorado, pode evitar-se a contagem física dos itens na data do durante o período todos os itens na forma de rodízio, contando com mais freqüência os itens de Balanço.
As organizações de manufatura normalmente dividem seus produtos em inventário em:
  • matéria-prima - materiais e componentes a serem utilizados na fabricação de um produto.
  • material em processo (:en:WIP) - materiais e componentes que já começaram a sua transformação para um produto acabado.
  • produto acabado - produto pronto para a venda ao consumidor;
  • produtos para revenda.

DOAR - Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos



DOAR - Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
Sumário

1 - Introdução
A demonstração das origens e aplicações de recursos é obrigatória para as companhias abertas e para as companhias fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço patrimonial, superior a R$ 1.000.000,00, e indica as modificações na posição financeira da companhia.

2 - Forma de Apresentação
A demonstração das origens e aplicações de recursos indicará as modificações na posição financeira da companhia, discriminando:
I - as origens dos recursos, agrupadas em:
a) lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado pela variação nos resultados de exercícios futuros;
b) realização do capital social e contribuições para reservas de capital;
c) recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e direitos do ativo imobilizado;
II - as aplicações de recursos agrupadas em:
a) dividendos distribuídos;
b) aquisição de direitos do ativo imobilizado;
c) aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo diferido;
d) redução do passivo exigível a longo prazo;
III - o excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido;
IV - os saldos no início e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante o exercício.

3 - Origens de Recursos
As origens de recursos são representadas pelos aumentos no Capital Circulante Líquido, e as mais comuns são:

a) das próprias operações, quando as receitas (que geram ingressos de capital circulante líquido) do exercício são maiores que as despesas, ou seja, resultam do lucro líquido apurado exclusivamente das operações regulares da empresa.
Assim, se houver lucro, teremos uma origem de recursos, se houver prejuízo, teremos uma aplicação de recursos;

b) dos acionistas, pelos aumentos de capital integralizados pelos mesmos no exercício, já que tais recursos aumentaram as disponibilidades da empresa e, conseqüentemente, seu capital circulante líquido;

c) de terceiros, por empréstimos obtidos pela empresa, pagáveis a longo prazo, bem como dos recursos oriundos da venda a terceiros de bens do Ativo Permanente, ou de transformação de Realizável a Longo Prazo em Ativo Circulante.
Os empréstimos feitos e pagáveis a curto prazo não são considerados como origem de recursos para fins dessa demonstração, pois não alteram o Capital Circulante Líquido. Nesse caso há um aumento de disponibilidades e, ao mesmo tempo, do Passivo Circulante.
Enfatize-se que a depreciação, amortização ou exaustão, por representarem uma recuperação de fundos, devem ser adicionadas ao lucro líquido apurado no exercício, para efeito de elaboração da demonstração das origens e aplicações de recursos.
4 - Aplicações de Recursos
As aplicações de recursos são representadas pela redução do Capital Circulante Líquido entre o início e o término de determinado período.
As aplicações de recursos mais comuns que implicam na variação do Capital Circulante Líquido são as seguintes:

a) Imobilizações
Ocorrendo a aquisição de bens para o Ativo Imobilizado, investimentos permanentes ou aplicação de recursos no Ativo Diferido, tais fatos representam aplicação de recursos e, conseqüentemente, refletem numa variação líquida negativa do Capital Circulante Líquido.

b) Redução do passivo exigível a longo prazo
A amortização de empréstimos a longo prazo significa, em princípio, uma redução do passivo exigível a longo prazo e representa uma aplicação de recursos. Por outro lado, a obtenção de um novo financiamento representa uma origem de recursos.
Tendo em vista que o conceito de recursos é o de Capital Circulante Líquido, a mera transferência de um saldo de empréstimo do Exigível a Longo Prazo para o Passivo Circulante, por vencer no exercício seguinte, representa uma aplicação de recursos, pois reduziu o Capital Circulante Líquido.

c) Remuneração de dividendos
A remuneração de acionistas, decorrente de dividendos, representa uma aplicação de recursos, refletindo numa variação negativa do Capital Circulante Líquido.

5 - Conceito de Capital Circulante Líquido
Na linguagem simplista, conceitua-se o Capital Circulante Líquido como sendo a diferença entre o ativo circulante (disponível, contas a receber, estoques e despesas pagas antecipadamente) e o passivo circulante (fornecedores, contas a pagar e outras exigibilidades do exercício seguinte) em determinada data.
Quando o Ativo Circulante é maior do que o Passivo Circulante, tem-se um Capital Circulante Líquido próprio.
Quando o Ativo Circulante é menor do que o Passivo Circulante, tem-se um Capital Circulante Líquido negativo ou de terceiros.

6 - Transações Que Não Afetam o Capital Circulante Líquido
Além das origens e aplicações relacionadas anteriormente, há inúmeros tipos de transações efetuadas que não afetam o Capital Circulante Líquido, mas são representadas como origens e aplicações simultaneamente, como por exemplo:

a) aquisição de bens do Ativo Permanente (Investimentos ou Imobilizado) pagáveis a Longo Prazo. Nesse caso, há uma aplicação pelo acréscimo do Ativo Permanente e, ao mesmo tempo, uma origem pelo financiamento obtido pelo acréscimo no Exigível a Longo Prazo no exercício, como se houvesse entrado um recurso que fosse imediatamente aplicado;

b) conversão de empréstimos de longo prazo em capital, caso em que há uma origem pelo aumento do capital e, paralelamente, uma aplicação pela redução do Exigível a Longo Prazo, como se houvesse ingresso de recurso de capital aplicado na liquidação da dívida;

c) integralização de Capital em bens do Ativo Permanente, situação também sem efeito sobre o Capital Circulante Líquido, mas representada na origem (aumento de capital) e na aplicação (bens do Ativo Permanente recebidos), como se houvesse essa circulação do recurso;

d) venda de bens do Ativo Permanente recebível a Longo Prazo, operação que também deve ser demonstrada na origem, como se fosse recebido o valor da venda e, na aplicação, como se houvesse o empréstimo sido feito para recebimento a longo prazo;

e) depreciação, amortização e exaustão. Tais valores, lançados como despesa do exercício, diminuem o resultado, mas não reduzem o capital circulante líquido; representam redução no Ativo Permanente e redução no Patrimônio Líquido, mas não alteram os valores de Ativo e Passivo Circulantes. Desta forma, o valor desses itens registrados no ano devem ser adicionados ao Lucro Líquido para apuração do valor efetivo dos recursos gerados pelas próprias operações;

f) variação nos resultados de exercícios futuros representa lucros que, pelo regime de competência, pertencem a exercícios futuros, porém, já afetaram o Capital Circulante Líquido, ou seja, se o saldo de Resultados de Exercícios Futuros tem um aumento no exercício, significa que a empresa já o recebeu, aumentando o Capital Circulante Líquido, mas sem que o tenha registrado como receita, não fazendo parte do lucro do ano. Assim, como se trata de recebimento originário pelas operações da empresa, deve ser agregado ao resultado do exercício. Se houver redução do saldo desse grupo, deve ser diminuído do Lucro Líquido;

g) lucro ou prejuízo registrado pelo método da equivalência patrimonial para investimentos em coligadas ou controladas, esse resultado, que afeta o lucro da investidora, não afeta o seu Capital Circulante Líquido. Por isso, na apuração da origem de recursos das operações, esse valor deve ser diminuído do Lucro Líquido, se for receita; ou a ele acrescentado, se for despesa;

h) ajustes de exercícios anteriores; esses ajustes são registrados diretamente na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, não afetando, portanto, o Lucro Líquido do ano. Neste caso, os ajustes são efetuados nos saldos iniciais do balanço, nas contas a que se refere, como se já houvesse sido registrado nos anos anteriores, assim sendo, as origens e aplicações de recursos do ano já ficarão expurgadas desse efeito;

i) variações monetárias de dívidas de longo prazo, essas despesas afetam o lucro mas, por reduzirem o Patrimônio Líquido e aumentarem o Exigível a Longo Prazo, não alteram o Capital 
Circulante Líquido. Devem, por isso, também ser adicionadas ao Lucro Líquido do exercício.

7 - Tratamento Aplicável para o Prejuízo
As considerações acima foram feitas na situação em que as operações geram recursos, partindo do pressuposto de Lucro Líquido no exercício. Entretanto, se a situação é inversa, ou seja, quando as operações consomem Capital Circulante Líquido, isso representa uma aplicação e, como tal, deve ser apresentado na demonstração, no grupo de aplicações, como o primeiro item do grupo. Isso ocorre quando a empresa está operando com prejuízo. Entretanto, se a empresa está com prejuízo, mas em decorrência dos ajustes citados, as operações próprias apresentam uma origem de recursos (lucro), a apresentação do prejuízo e de seus ajustes deve ser no agrupamento das origens.
No caso da empresa apresentar lucro, mas os ajustes evidenciarem uma aplicação de recursos (prejuízo), a apresentação do lucro e seus ajustes deve ser no agrupamento de aplicações.

8 - Como Elaborar a DOAR
1º passo: obtenção do balanço final, depois de todos os ajustes, na data de encerramento do exercício, bem como do balanço de encerramento do exercício anterior.
Considerando-se que os balanços da empresa Gama S/A de 31.12.X1 e 31.12.X2 sejam os apresentados a seguir:
Empresa Exemplo S/A
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
31.12.X1
31.12.X2
Disponível
6.000
10.000
Duplicatas a Receber
20.000
30.000
Estoques
30.000
53.000
Despesas Antecipadas
4.000
7.000
SOMA
60.000
100.000
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
10.000
5.000
ATIVO PERMANENTE


Investimentos
30.000
40.000
Ativo Imobilizado
200.000
320.000
Ativo Diferido
24.000
40.000
SOMA
254.000
400.000
TOTAL DO ATIVO
324.000
505.000
PASSIVO
31.12.X1
31.12.X2
PASSIVO CIRCULANTE


Empréstimos
12.000
18.000
Fornecedores
10.000
15.000
Contas a Pagar
8.000
12.000
Provisão para Imposto de Renda
6.000
10.000
SOMA
36.000
55.000
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO


Empréstimos
120.000
155.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Capital
80.000
120.000
Reservas de Capital
24.000
55.000
Reservas de Lucros
23.000
40.000
Lucros Acumulados
41.000
80.000
SOMA
168.000
295.000
TOTAL DO PASSIVO
324.000
505.000
2º passo: apurar as variações dos saldos das contas, ou seja, a diferença líquida entre os mesmos. Os grupos de Exigível a Longo Prazo, Resultados de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido, por serem credores, devem ser indicados como negativos, como segue:
DESCRIÇÃO DAS CONTAS
31.12.X1
31.12.X2
VARIAÇÃO
Ativo Circulante
60.000
100.000

Passivo Circulante
(36.000)
(55.000)

Capital Circulante Líquido
24.000
45.000
21.000
Realizável a Longo Prazo
10.000
5.000
(5.000)
PERMANENTE:



Investimentos
30.000
40.000
10.000
Ativo Imobilizado
200.000
320.000
120.000
Ativo Diferido
24.000
40.000
16.000
Exigível a Longo Prazo
(120.000)
(155.000)
(35.000)
Patrimônio Líquido
(168.000)
(295.000)
(127.000)
Total
- 0 -
- 0 -
- 0 -
O total das três colunas deve ser igual a zero, como evidência de que se tomaram todas as contas e se apuraram corretamente as variações.
O valor de R$ 21.000 é a variação no Capital Circulante Líquido, valor esse que se pretende demonstrar como foi apurado. Por esse motivo, há que se apurar, para cada uma das contas não-circulantes, a movimentação ocorrida.
3º passo: análise da composição das variações ocorridas em cada uma das contas, como examinado a seguir.

a) Realizável a Longo Prazo
Conforme o livro Razão da empresa é composto pelas contas abaixo e teve a seguinte movimentação no período:
CONTAS
SALDO
EM 31.12.X1
ADIÇÕES
BAIXAS
SALDO
EM 31.12.X2
Empréstimos compulsórios
2.500
1.000
-
3.500
Impostos a recuperar
1.500
-
-
1.500
Títulos a receber
6.000
-
(6.000)


10.000
1.000
(6.000)
5.000
 Assim, os R$ 1.000,00 de adições representam uma aplicação de recursos, pois reduziram o Capital Circulante Líquido, os R$ 6.000,00 de baixas nos Títulos a Receber representam origem de recursos, e o líquido entre ambas é o que resultou na redução nesse grupo no valor de R$ 5.000,00.

b) Investimentos
INVESTIMENTOS
CONTROLADA
"OMEGA"
EMPRESA
"A"
EMPRESA
"B"
TOTAL
Saldo em 31.12.X1
25.000
3.000
2.000
30.000
Adição pela subscrição e integralização na empresa "BETA" e Empresa "A"
3.500
2.000

5.500
Baixa por venda do investimento na empresa "B"
-
-
(2.000)
(2.000)
Participação no lucro da controlada BETA pelo método da equivalência patrimonial
8.000
-
-
8.000
Dividendos recebidos
(1.500)
-
-
(1.500)
Saldos em 31.12.X2
35.000
5.000
-
40.000




Esse grupo teve a seguinte movimentação:
 A variação líquida total no grupo de investimentos é a seguinte:
- a subscrição e integralização no período, no valor de R$ 3.500,00, representa uma aplicação, pois reduziu o Capital Circulante Líquido;
- a venda de investimentos (feita pelo mesmo valor de baixa) por R$ 2.000,00, representa uma origem;
- o aumento nos investimentos relativo à participação no lucro da controlada, pelo método da equivalência patrimonial, no valor de R$ 8.000,00, caracteriza um aumento no Ativo Permanente, no entanto, tal aumento não reduziu o Capital Circulante Líquido, pois sua contrapartida está em receita do exercício; assim sendo, esse valor não entra como aplicação, mas como redução do Lucro Líquido nas origens para se chegar aos valores oriundos das operações;
- os dividendos recebidos no valor de R$ 1.500,00 representam uma origem, pois ingressaram na disponibilidade, aumentando o Capital Circulante Líquido.

c) Imobilizado
CONTA
SALDOS EM 31.12.X1
ADIÇÕES
BAIXAS
TRANSFE-
RÊNCIAS
SALDOS EM 31.12.X2
Terrenos
30.000
9.000
-
-
39.000
Edifícios
60.000
18.000
-
12.000
90.000
Máquinas e equipamentos
170.000
110.000
(29.400)
10.000
260.600
Veículos
20.000
11.700
(4.000)
-
27.700
Obras em andamento
30.000
55.000
-
(22.000)
63.000
TOTAL
310.000
203.700
33.400
- 0 -
480.300
Depreciação AcumuladaEdifícios
(15.000)
(7.700)
-
-
(22.700)
Máquinas e equipamentos
(90.000)
(50.000)
10.700
-
(129.300)
Veículos
(5.000)
(110.000)
(5.300)
(63.000)
2.000
12.700
-
- 0 -
(8.300)
(160.300)
Total líquido
200.000



320.000

















Nas fichas Razão da empresa foi constatada a seguinte movimentação do imobilizado da empresa em 19X2:

Desta forma, houve uma variação líquida de R$ 120.000 no Imobilizado.
O valor das adições ao custo no valor de R$ 203.700 representam uma aplicação, e o valor da depreciação do ano no valor de R$ 63.000,00 deverá ser adicionado ao Lucro Líquido para apurar a origem das operações, uma vez que não afetou o Capital Circulante Líquido, pois foi lançada em conta de resultado.
d) Venda de Imobilizado
Considerando-se que as vendas do imobilizado foram efetuadas pelo valor de R$ 50.000,00, temos:
Preço de venda
R$
50.000,00
Valor líquido dos bens baixados
R$
20.700,00
Lucro apurado
R$
29.300,00
Neste caso, o valor de venda de R$ 50.000,00 entra como origem e o lucro de R$ 29.300,00 como redução do lucro líquido para determinar o ingresso efetivo de recursos das operações.

e) Ativo Diferido
Esse grupo de contas apresentou a seguinte movimentação no período:

CUSTO
AMORTIZAÇÃO
TOTAL
LÍQUIDO
Saldo em 31.12.X1
24.000
-
24.000
Adições no exercício ao custo
21.000
-
21.000
Amortização do ano
-
(5.000)
(5.000)
Saldo em 31.12.X2
45.000
(5.000)
40.000

Assim, as adições no ano ao custo no valor de R$ 21.000,00 representam uma aplicação e as amortizações no período, no valor de R$ 5.000,00 devem ser adicionadas ao Lucro Líquido para apurar as origens das operações.

f) Exigível a Longo Prazo
Esse grupo de contas teve a seguinte movimentação no período:

BANCO
"A"
BANCO
"B"
BANCO
"C"
TOTAL
Saldo em 31.12.X1 (saldo a longo prazo)
70.000
50.000
-
120.000
(+) Novos empréstimos
30.000
-
20.000
50.000
(+) Variações monetárias
25.500
13.000
3.000
41.500
(-) Transferências para o Circulante em 31.12.X2
(25.000)
(31.500)
-
(56.500)
Saldos em 31.12.X2
100.500
31.500
23.000
155.000

Neste caso, o valor do novo empréstimo no valor de R$ 50.000 representa uma origem. As variações monetárias lançadas em despesas financeiras não afetaram o Capital Circulante Líquido, pois, na verdade, não houve o ingresso de recursos, devendo ser adicionadas ao lucro líquido para se chegar aos recursos originados pelas operações.
A transferência para o circulante do valor de R$ 56.500 que representa efetivamente uma aplicação, pois aumentou o Passivo Circulante, diminuindo o Capital Circulante Líquido.

g) Patrimônio Líquido
As variações no Patrimônio Líquido são facilmente identificadas se a empresa tiver a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, pois tais variações são tão-somente as transações que aumentaram ou diminuíram o patrimônio total do exercício; transações essas que são extraídas da coluna total daquela demonstração.
Se a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido apresentasse os seguintes dados:
Saldo em 31.12.X1
R$
168.000,00
Ajuste de exercícios anteriores - mudança de critério de avaliação de estoques
R$
4.000,00
Integralização de capital
R$
91.000,00
Lucro líquido doexercício
R$
50.000,00
Dividendos
R$
10.000,00
Saldo em 31.12.X2
R$
295.000,00
Neste caso, o ajuste de exercícios anteriores no valor de R$ 4.000,00 que foi creditado em Estoques, sendo uma aplicação de recursos, mas a ser ajustada contra a variação no Capital Circulante Líquido, como se corrigisse o saldo inicial.
A integralização de capital no valor de R$ 91.000,00 e o Lucro Líquido do exercício no valor de R$ 50.000,00 representam uma origem de recursos.
Os dividendos no valor de R$ 10.000,00 representam uma aplicação de recursos.
Temos, assim, a composição líquida de todas as contas não circulantes, bastando agora dispor cada valor, já de forma ordenada, na Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, como segue:
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.X5.
ORIGENS DE RECURSOS:


Das operações – Lucro Líquido do Exercício
50.000

Mais: Depreciação e amortização
68.000

Variações monetárias de empréstimo a longo prazo
41.500

Menos: Participação de R$ 8.000 no lucro da controlada, menos dividendos recebidos no valor de R$ 1.500
(6.500)

Lucro na venda de imobilizado
(29.300)
123.700
Dos acionistas -


Integralização de capital
91.000
91.000
De terceiros -


Ingresso de novos empréstimos
50.000

Baixa do imobilizado (valor de venda)
50.000

Venda de investimentos
2.000

Resgate de títulos a longo prazo
6.000
108.000
Total das origens

322.700
APLICAÇÃO DE RECURSOS


Aquisição de direitos do imobilizado
203.700

Adições ao custo no ativo diferido
21.000

Integralização de novos investimentos
5.500

Aumento em empréstimos compulsórios
1.000
231.200
Transferência para o passivo circulante dos empréstimos a longo prazo
56.500
56.500
Dividendos propostos e pagos
10.000

Total das aplicações

297.700
Variação no Capital Circulante Líquido

25.000
Aumento no Capital Circulante Líquido (Após o ajuste no saldo inicial de ajustes de exercícios anteriores)

25.000

Demonstração do Aumento no
Capital Circulante Líquido
Saldo em

31.12.X1
31.12.X2
Variação

ajustado


Ativo Circulante
56.000
100.000
44.000
Passivo Circulante
(36.000)
(55.000)
(19.000)
Capital Circulante Líquido
20.000
45.000
25.000

A diferença entre o Capital Circulante Líquido apurada no 2º passo deste trabalho (21.000,00) e o valor ora apurado (25.000,00) correspondente ao valor de R$ 4.000,00 refere-se à eliminação do ajuste de exercícios anteriores relativo à mudança de critério contábil, cujo valor é baixado do Patrimônio Líquido e ajustado contra a variação do Capital Circulante Líquido, já que se refere a Estoques, que é seu componente.